Crise Política: Absalão Declara-se Rei em Hebrom e Força a Fuga de Davi de Jerusalém

Jerusalém – Na última semana, a capital de Israel foi palco de uma reviravolta política inesperada, que culminou na declaração de Absalão como rei em Hebrom e na fuga do rei Davi de Jerusalém. O incidente, que tomou proporções dramáticas, marca um dos momentos mais tensos na história recente do reino.

Tudo começou com Absalão, filho do rei Davi, que há meses vinha ganhando popularidade entre o povo. Ele frequentemente se posicionava nos portões da cidade, abordando os cidadãos que buscavam justiça junto ao rei. Segundo relatos, Absalão mostrava-se solícito e expressava descontentamento com a falta de atenção às demandas populares, afirmando que, se fosse juiz, garantiria justiça para todos.

Esse comportamento de Absalão, que aparentemente visava conquistar o coração dos israelitas, culminou em um movimento político que pegou muitos de surpresa. Após quatro anos de atuação silenciosa, ele solicitou permissão ao rei Davi para ir a Hebrom sob o pretexto de cumprir um voto religioso. O rei, sem suspeitar das reais intenções do filho, autorizou a viagem.

No entanto, uma vez em Hebrom, Absalão enviou mensageiros secretos a todas as tribos de Israel, proclamando-se rei assim que soassem as trombetas. Em paralelo, ele reuniu duzentos homens de Jerusalém, que, sem conhecimento do plano, participaram do que seria a cerimônia de sua coroação.

A conspiração rapidamente ganhou força, atraindo o apoio de figuras influentes, incluindo Aitofel, um dos conselheiros mais confiáveis de Davi. Em poucos dias, a notícia de que “todo o Israel se uniu a Absalão” chegou a Jerusalém, forçando o rei Davi a tomar uma decisão drástica. Temendo por sua vida e a segurança dos moradores da cidade, Davi decidiu fugir imediatamente, acompanhado por sua família, guarda pessoal, e um contingente de seiscentos homens de Gate.

Em meio à fuga, cenas de emoção tomaram conta do povo, que chorava ao ver o rei partir, descalço e com a cabeça coberta, sinal de luto e arrependimento. Davi ainda tentou preservar o que restava de seu reinado, enviando a Arca da Aliança de volta a Jerusalém e pedindo aos sacerdotes Zadoque e Abiatar que ficassem na cidade para monitorar os acontecimentos.

A fuga do rei Davi e a entrada triunfal de Absalão em Jerusalém colocam o reino em uma situação de incerteza e divisões internas. A tensão aumenta à medida que Davi busca estratégias para retomar o controle, enquanto Absalão consolida sua recém-proclamada autoridade. O desfecho desta crise permanece incerto, mas o impacto sobre a nação já é profundo e devastador.

A história acima pode ser encontrada em 2º Samuel 15.

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