Uma polêmica emergiu ontem com o envio de uma carta ao rei Dario por Tatenai, governador da província a oeste do rio Eufrates, após uma inspeção na obra de reconstrução do Templo em Jerusalém. O governador, junto com Setar-Bozenai e outros oficiais, levantou dúvidas sobre a legalidade da construção, solicitando a intervenção direta do rei.
Durante a visita, realizada ontem, Tatenai e sua equipe constataram que o templo está sendo erguido com pedras especialmente preparadas e que as vigas já estão em processo de instalação. “A obra avança com energia e êxito”, disseram os oficiais em seu relatório. No entanto, ao questionarem os líderes da construção sobre a autorização para o projeto, receberam uma resposta que citava um decreto do antigo rei Ciro, emitido logo no início de seu reinado na Babilônia.
De acordo com os líderes locais, o decreto de Ciro ordenava a reconstrução do templo e a devolução de utensílios de ouro e prata que haviam sido saqueados pelo rei Nabucodonosor durante a destruição do templo anterior. A liderança da obra foi atribuída a Sesbazar, nomeado por Ciro como governador de Judá, que deu início à reconstrução dos alicerces do templo.
Diante das informações, Tatenai e sua equipe exigiram uma investigação mais aprofundada, recomendando ao rei Dario que ordene uma busca nos arquivos reais da Babilônia para verificar se o decreto mencionado foi de fato emitido. A carta, enviada ontem, solicita que o rei Dario emita uma decisão rápida sobre a questão.
O envio da carta gerou expectativa entre os habitantes de Jerusalém e observadores internacionais, uma vez que o futuro da obra agora depende da confirmação ou não da legitimidade do decreto. O Templo, cuja reconstrução havia sido marcada por grande esperança entre os moradores da cidade, pode enfrentar um impasse, dependendo da resposta do rei Dario.
Até o momento, o rei Dario não se manifestou oficialmente sobre o assunto, e a continuidade da construção aguarda sua deliberação.