Preocupado com a segurança devido à excepcional beleza de sua esposa, Abrão convenceu Sarai a se passar por sua irmã
Em um desdobramento dramático causado por uma severa fome em Canaã, um casal estrangeiro encontrou-se no centro de uma controvérsia política e social após sua chegada ao Egito. Abrão, um migrante de Canaã, e sua esposa, Sarai, foram forçados a buscar refúgio devido à escassez de recursos em sua terra natal.
Ao se aproximarem da fronteira egípcia, preocupado com a segurança devido à excepcional beleza de sua esposa, Abrão convenceu Sarai a se passar por sua irmã. “Diga que é minha irmã, assim eles pouparão minha vida”, instruiu ele, temendo pela própria segurança.
Os temores de Abrão se mostraram justificados, pois não demorou para que a beleza de Sarai chamasse a atenção dos oficiais do palácio. Levada ao faraó, Sarai foi erroneamente apresentada como disponível para um casamento real, um equívoco que resultou na hospitalidade e em ricos presentes para Abrão, incluindo ovelhas, bois, e até mesmo servos.
No entanto, a situação tomou um rumo dramático quando o faraó e sua casa foram atingidos por pragas severas, um evento que os antigos acreditavam ser uma repreensão divina. Em busca de respostas, o faraó descobriu a verdade sobre a relação entre Abrão e Sarai, levando a um confronto acalorado. “O que você fez comigo? Por que não me disse que ela era sua mulher?”, exigiu o faraó.
Confrontado com a verdade e as consequências de suas ações, o faraó ordenou que Abrão, Sarai e todos os seus bens fossem escoltados para fora do Egito, encerrando sua estadia tumultuada. Este incidente destaca as complexas interações entre migrantes e povos nativos em tempos de crise, e as tensões que podem surgir quando o medo e a desconfiança dominam a compaixão e a hospitalidade.
A história acima pode ser encontrada no capítulo 12 do livro de Gênesis